Candidíase

Candidíase

Na maioria das vaginites por fungos, encontramos a presença da Candida albicans, um fungo saprófita que, sob determinadas condições, multiplica-se, por esporulação, tornando-se patogênico. Por isso, atualmente não é mais considerado uma DST.
Pode acontecer a infecção por outras espécies (C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis). É a segunda causa mais frequente de vaginite. Pode ser desencadeada por fatores endógenos predisponentes, como gravidez, diabetes, uso de duchas vaginais, vestuários inadequados, principalmente uso de roupas de roupas sintéticas, uso de antibióticos, de anticoncepcionais hormonais, desodorantes íntimos, fatores climáticos (verão) etc.
Quadro Clínico
A candidíase ocasiona um corrimento branco espesso, em placas, com aspecto de leite coalhado, com prurido geralmente intenso, hiperemia, maceração e escoriações em graus variados, da genitália. Os sintomas são exacerbados no período pré-menstrual. Leva a uma colpite difusa. Podem ocorrer ulcerações e ardor vulvar durante as micções.
Diagnóstico
O exame a fresco, na maioria das vezes, confirma o diagnóstico, revelando, após a aplicação de uma gota de hidróxido de potássio ou de sódio a 10%, a presença do fungo com filamentos ramificados (hifas) ou seus esporos. O pH vaginal é ácido, ficando entre 3,5 e 4,5. Pode-se utilizar a citologia de Papanicolau ou outros métodos de coloração. A cultura geralmente é desnecessária, mas pode ser realizada, principalmente junto com antifugigrama. Utilizam-se os meios de Saboraud ou de Nickerson.