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Muitas mulheres estão aderindo ao polêmico chip hormonal- popularmente conhecido como chip da beleza- que promete perda de peso e mais músculos.

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Criado como método anticoncepcional, o implante tem sido procurado pelas consequências estéticas que traz, como redução de celulite e aumento da massa muscular.

Com preço médio de R$ 3 mil, esses “chips” são pequenos tubos de plástico ou silicone que podem ter seis tipos de hormônio: elcometrina, nomegestrol, gestrinona, estradiol, testosterona e progesterona.

O Nestrone, nome comercial da elcometrina, é um dos hormônios mais usados para acabar com os efeitos da TPM: cólica, inchaço, enxaqueca e variações de humor. O hormônio interrompe o ciclo menstrual e, assim, ajuda na prevenção da endometriose. Por outro lado, pode diminuir a libido.

O ginecologista Malcolm Montgomery, que trabalha há 28 anos com implantes e é uma das principais referências na área, explica: “Em caso de diminuição do desejo sexual, associo um outro hormônio que tenha efeito androgênio, como a gestrinona ou a testosterona”, diz. E é aí que está o segredo da “fórmula mágica”: o androgênio é o hormônio que origina as características do sexo masculino, que faz com que eles ganhem músculos mais facilmente, não tenham celulite e estejam sempre prontos para o sexo.

Os implantes – que são inseridos no braço ou no glúteo com anestesia local – têm como efeito colateral o aumento da massa magra, a diminuição da celulite e em algumas mulheres pode aumentar a oleosidade da pele. Mas uma fórmula manipulada resolve. A quantidade de hormônio liberada é mínima e eficaz.

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É um anticoncepcional eficientíssimo (no consultório do Dr. Malcolm não há um único caso de gravidez), que suspende a menstruação, acaba com a TPM, protege e cura a endometriose (doenças que causam a infertilidade) diminui os miomas uterinos, diminui a anemia e protege contra o câncer ginecológico. Em termos estéticos, 94% das mulheres que usam esses implantes perdem peso, definem musculatura e perdem a celulite. No comportamento psicológico, eles ficam motivadas e aumenta o desejo sexual.

Os implantes são avanços que vieram para ficar, pois são confortáveis, não incomodam e a troca é semestral e anual. Pelo fato de entrarem pela pele (subcutâneos) os hormônios circulam e não passam pelo fígado, e este é também um benefício e uma vantagem. “Nossa experiência é grande, em muitos anos de uso, 96% das pacientes que usam estão satisfeitas”, finaliza Malcolm.

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Naturalmente, os homens olham para as mulheres atraentes – proibidas ou não, casadas, viúvas ou solteiras – como possível parceiras sexuais. Porém, para eles, suas próprias mulheres devem permanecer leais e não ter esses pensamentos.

Os homens não veem nada de mais em cobiçar a mulher alheia, mas se sentem profundamente ofendidos quando cobiçam a deles.

A visão do adultério define conforme o sexo. O rapaz é um garanhão (termo, de certo modo, elogioso); a moça é uma galinha (termo pejorativo).

Na prática, é interessante que o duplo padrão não seja um exeqüível valor feminino e um masculino, mas sim valores individuais e banais. O ciúmes da mulher, apesar de muitas vezes manifestar-se com fúria, não está ligado a objetivos reprodutivos.

Enquanto o contato sexual do macho com um número ilimitado de fêmeas não o inutiliza para a reprodução nem o vincular a nenhuma fêmea, pela natureza incerta da paternidade, a fêmea está física e emocionalmente ligada ao pai do seu futuro filho, tornando-o instrumento de sua perpetuação na Terra.

É por isso que em nenhuma espécie animal, exceto a humana, as fêmeas manifestam qualquer preocupação com as infidelidades sexuais dos seus machos.

O ciúme da mulher é um sentimento humano. Tem suas raízes em terras diferentes do ciúme do homem.

As mulheres não têm problemas a resolver pelo sexo; têm o poder criador.

Os homens podem transformar algo, mas nunca criar. Têm de buscar, perseguir, castigar e tomar; precisam simbolizar e conceituar. O fetichismo tipicamente masculino é uma atividade criadora de símbolos.

O homem tem de conseguir, por força de vontade, sua autoridade sexual diante de uma mulher que é a sombra de sua mãe e de todas as mulheres. O fracasso e a humilhação estão sempre à espreita.

Nenhuma mulher tem de provar que é mulher (a não ser na maternidade sacrificada, em algumas culturas) como o homem tem de provar que é homem.

O ciúme sexual varia conforme o grau de ameaça que o adultério do marido sugere. Ao manifestar desagrado pelas investidas do seu homem sobre outra, a mulher mostra ainda uma preocupação com a estabilidade de sua família.

Fonte da imagem :activa.sapo.pt (créditos e divulgação)

 

A seleção para um trabalho pode aparecer a qualquer momento e o casting não pode esperar um bom dia para a modelo. Em paralelo, as mulheres todos os meses passam pelo ciclo menstrual que inclui sangramento, inchaço, TPM e, por vezes, mal estar. Para acabar com o problema, muitas tops optam por usar um anticoncepcional em forma de bastonete subcutâneo, que libera hormônios, corta a menstruação e os sintomas.

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"Acho que a mulher tem que ter corpo de mulher, tem que ser feminina e tomar hormônio masculino perde a feminilidade", acrescentou Angélica Erthal

 
Conhecido como o "ginecologista das estrelas", Malcolm Montgomery faz o procedimento há anos. Segundo ele, o implante libera hormônios femininos que combatem a TPM, cólicas, bloqueia a menstruação, inibe o inchaço, evita o ganho de peso, diminui a celulite e estabiliza a mulher. "O método é famoso entre as modelos porque elas mudam muito de fuso horário e a menstruação pode atrapalhar os trabalhos. Algumas gostam também por causa da leve perda de peso", explicou.
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"Esse chip faz você não inchar, não perde peso, mas não engorda também", afirmou Vanessa Damasceno
 
A dosagem hormonal é elaborada de acordo com cada mulher, entre as características de avaliação estão o IMC e se é uma pessoa ativa ou não. Montgomery reforçou que são liberados hormônios femininos, no entanto, alguns deles têm leve atuação sobre hormônios masculinos, o que justifica a diminuição da celulite, de peso e aumento do apetite sexual. O implante custa de R$ 400 a R$ 4 mil, informou.
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"É mais prático do que tomar pílula todo dia. Além disso tem anticoncepcional que engorda", disse Solange Wilvert sobre o implante

 
"O implante não deixa TPM, não incha na menstruação, uso há quase três anos, troco uma vez por ano. O único problema é que deixa tarada" contou Natália Zambiasi Joy. "Ele ajuda a emagrecer e bloqueia a menstruação, é um chip subcutâneo", definiu Marina.  Segundo Maria Flávia, várias modelos usam o implante por causa dos trabalhos e para não inchar. 
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Renata Kuerten contou que usa o DIU como método contraceptivo e que bloqueia a menstruação

 
"É mais fácil para o nosso trabalho, a menstruação atrapalha. As meninas dizem que o implante faz manter a forma", contou Daniela Braga. "Esse chip faz você não inchar. Não perde peso, mas não engorda também", afirmou Vanessa Damasceno. "A pessoa que eu conheço disse que é ótimo, que não sente dor, não tem cólica, mas muda um pouco a voz", contou Kamila Hansen. "É mais prático do que tomar pílula todo dia. Além disso tem anticoncepcional que engorda", disse Solange Wilvert sobre o implante. Jessica Pântano confirmou que o chip é bem famoso entre as modelos, mas disse não usar. Já Renata Kuerten contou que usa o DIU como método contraceptivo e que bloqueia a menstruação.
 
Testosterona
As entrevistadas pelo Terra contaram também sobre o uso de testosterona para ajudar a perder peso e ganhar músculo. "Já ouvi falar do uso de testosterona para acelerar o metabolismo e melhorar a formação muscular. Pelo o que eu sei, tem acompanhamento médico e é em baixa dosagem para não engrossar a voz e não criar pelos", afirmou Natália.

Segundo Viviane Orth, tem modelos que tomam, apesar de ela não saber citar nomes. "Acho que tem tanta forma de perder peso que é desnecessário", opinou. "Acho que a mulher tem que ter corpo de mulher, tem que ser feminina e tomar hormônio masculino perde a feminilidade", acrescentou Angélica Erthal.

"Acredito que algumas usam porque existe essa cobrança por um corpo perfeito, principalmente quando é desfile de verão, que tem que expor mais o corpo", disse Solange. Renata, que tem o corpo considerado um dos mais bonitos da moda, disse desconhecer o uso do hormônio por modelos.
 
Fonte: Terra Moda
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Com mais de 30 anos dedicado a saúde da mulher, o ginecologista e obstetra mais conhecido do país, Malcolm Montgomery é chamado de "Médico das Estrelas", mas prefere ser conhecido como "Médico das Mulheres". Autor de 9 livros, destaque para "Mulher", que foi referência de um seriado sobre o tema na Rede Globo.

" Consegui dentro da Ginecologia, aliar técnica moderna à humanização. Uma medicina que aborde a mulher e não só a doença, que traga o parceiro ao consultório, que supra as carências de relacionamento entre médico e paciente."

Como forma de transmitir sua experiência e conhecimento para auxiliar homens e mulheres Dr. Malcolm tem se destacado em todo país por suas palestras-show, confrências e workshops, voltadas ao debate e conscientização nos temas saúde e comportamento.
 
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O ginecologista Malcolm Montgomery tem se destacado em todo país por suas palestras show voltadas ao debate e conscientizãção sobre temas como Saúde da Mulher, Sexo, Drogas e Adolescência. No evento de aniversário de Norberto Bustos, presidente da United Magazine, ele foi convidado pelo amigo a se apresentr ao lado de Paulo Ricardo para um fantástico dueto.

O evento foi uma grande celebração entre amigos, colaboradores e familiares, que ocorreu no dia 8 de junho, contando com um jantar e shows de Rock e MPB.

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A decisão dos pacientes de interromper a gravidez já prevalece sobre os dilemas éticos, religiosos e científicos.

"Quando uma mulher está decidida a fazer um aborto, não há quem a faça mudar de ideia. è uma decisão muito pessoal. E, ao longo da carreira, aprendi que não posso ser médico apenas nas horas boas. Se minha paciente não quer levar a gestação adiante, eu devo orientá-la sobre a maneira mais segura de fzer isso. Não posso deixá-la desamparada, sob o risco de sofrer as consequências de um aborto mal feito". Malcolm Montgomery

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"A nova mulher é vaidosa, e não narciscita. Tenta compreender antes de julgar. Movimenta-se. Não usa a gravidez para ganhos secundários. Está disposta a trocar experiências e aprender com o filho. Usa a linguagem clara e verdadeira para transmitir o que pensa e o que sente. Entende os erros como humanos e não tenta vender verdades. Essa nova mulher que está surgindo abre espaço para um novo homem".

Malcolm Montgomery

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Dr. Malcolm Montgomery é médico e promove a cidadania dando palestras para mulheres, pais e adolescentes. É autor de vários livros relacionados a adolescência, relações pais e filhos, ética, drogas, sexualidade e auto-estima.

Nesta palestra, Dr. Malcolm sintetiza sua experiência abordando de forma original e criativa os conflitos entre gerações e as formas de lidar com eles. Traça um amplo quadro da vida do adolescente e das preocupações dos pais com filhos nessa faixa etária. Para pontuar os temas abordados ele utiliza as músicas dos BEATLES.

A palestra é muito dinâmica e conta com vídeos e uma banda tocando as músicas. Seu público é bastante abrangente: pais, futuros pais e filhos acima de 12 anos, os jovens de ontem e de hoje.

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Conhecido como "o médico das estrelas", porque atende Hebe Camargo, Adriane Galisteu, Ana Hickmann, entre outros nomes conhecidos, Malcolm Montgomery escreveu dois livros técnicos e sete para leigos, nos 34 anos dedicados à medicina da mulher e foco da palestra: "Mulher, suas dores e seus amores".

Para traçar o universo feminino da infância à velhice, o médico alia artes plásticas e música aos seus conhecimentos científicos. No palco, um conjunto com Rita Maria no vocal e projeção de telas de Salvador Dalí e René Magritte, e outros artistas, servem de fio condutor para sua palestra-show que tem agradado a diferentes platéias, sempre com predominância do público feminino. Ele usa esses artifícios nas palestras-show que dá pelo país.

Montgomery fala da criança e seus temores, da adolescente e suas dúvidas, da jovem, da mulher madura e da velhice. Cada fase é ilustrada, a partir de diferentes telas, para chegar à música, momento em que o médico se despe do conhecimento técnico para, com o violão ou a guitarra, acompanhar a cantora.

Sua figura forte, de gestos largos e charme natural, chamam a atenção da platéia, que se enternece ou ri, durante uma hora e meia, de acordo com a entonação e os exemplos que Montgomery usa para ilustrar as informações da palestra-show. Ele fala das paixões humanas e as diferenças entre os sentimentos do homem e da mulher, de temas relacionados à sexualidade: reposição hormonal, prevenção de doenças, paternidade e a maternidade, casamento, cotidiano da mulher, etc.

E por que utiliza a música? "É a linguagem universal. Todos cantam com a mesma emoção e ela dá uma grande lição de como se relacionar com outras pessoas, o que é diferente de fazer negociações, acordos." (T.P.T.)
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Mcolm Montgomery, Livraria Cultura Inglesa e Integrare Editora convidam para o Show de lançamento do novo Livro de Malcolm.

...E Nossos Filhos Canta as Mesmas Canções.

Dia 19 de Fevereiro, quinta-feira, das 18h30 às 21h30.
Local: Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073, Piso Teatro.

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Malcolm Montgomery esteve em Recife entre os dias 15 e 17 de Setembro para divulgar sua Palestra - Show " MULHER - SUAS DORES E SEUS AMORES ". Ele participou de programas de televisão e rádio, além de ilustrar outdoors, espalhados por toda a cidade.

Realizada no dia 18 de Setembro para um auditório lotado no Recife Palace Hotel, a palestra foi um sucesso e agradou a todos os presentes no local.
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Truques contra a TPM.

O ginecologista Malcolm Montgomery utiliza um método de implante de hormônios nas nádegas para a suspensão da menstruação. "Se a mulher não menstruar, não vai ter TPM, mas ,se chegar ao meu consultório querendo parar de menstruar por causa disso, vou analisar o caso e ver se não há outra alternativa" afirma Montgomery.

A apresentadora Ana Hickmann é paciente do Dr. Malcolm, usam implante hormonal e afirmam ser a solução perfeita para acabar com cólicas absurdas e vários outros sintomas decorrentes da TPM.
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Para o ginecologista Malcolm Montgomery, uma das técnicas mais indicadas são os implantes feitos na nádega. Ele diz que o método permite selecionar o tipo e a quantidade de hormônios e ser montado tendo em conta o perfil e as necessidades da paciente.

"Temos ema taxa de sucesso superior a 95%. A quantidade de hormônio escolhida varia de acordo com a idade, o índice de massa corpórea, se a pessoa fuma ou se é sedentária. Os efeitos colaterais são benéficos. É possível propiciar mais libido ou favorecer o emagrecimento", afirma o ginecologista que tem diversas modelos como clientes e diz não ver nenhum prejuízo orgânico a mulher na interrupção da menstruação.

 
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Malcolm Montgomery participa do Programa O Brasil em Debate na Assembléia Legislativa fazendo um balanço da bagagem sócio-cultural da mulher moderna. Mostrando ser um profundo conhecedor do universo feminino, o convidado fez sua apresentação para um auditório lotado em Santa Catarina.


 
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Médico é convidado do próximo programa O Brasil em Debate na Assembléia Legislativa.

Com o tema "Civilizações, Cultura, Religiões e Sexualidade", o ginecologista e obstetra mais conhecido do país irá falar sobre comportamento humano, sexualidade e sociedade.

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O 14 Congresso Sul-Brasileiro de ginecologia e Obstetrícia, que começou ontem vai até domingo, dia 18, promoverá um evento paralelo dirigido à comunidade de Gramado e Região da Hortênsias. Será uma "palestra show", com entrada franca sobre o tema "Drogas, Sexo e Rock and Roll", ministrada pelo médico Malcolm Montgomery.

Através de uma linguagem única, baseada na história da banda de rock The Beatles, a palestra conta com recursos audiovisuais que mostram as fases da adolescência através de videoclipe e traz arte como expressão e pano de fundo para mostrar a adolescência e seus questionamentos. O show tem conteúdo desenvolvido e narrado por Malcolm Montgomery, que é acompanhado por sua banda.

O projeto envolve as áreas de educação, saúde, música e cultura sendo direcionada a pessoas de todas as idades, principalmente a jovens, pais, educadores e formadores de opinião, com entrada gratuita.

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Uma medicina que aborde a mulher e não só a doença, que supra as carências de relacionamento entre médico e paciente.

"O divino e o espiritualizado, é aquele que na ausência do seu criador leva ao coração das pessoas, paz, alegria e felicidade, independente da classe social, religião ou cor." Malcolm Montgomery

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Com mais de 30 anos de experiência na área da Ginecologia, ele ganhou respeito por defender várias opiniões. Como ele mesmo diz, ou o amam ou o odeiam.

Contudo, as mulheres e, principalmente as famosas, acabaram o adotando como seu médico. Isso o levou a vários programas de televisão, onde ele pode deixar claro suas idéias sobre a mulher, sobre sexualidade, sobre métodos anticoncepcionais. Uma das questões mais relevantes que expõe são os implantes que interrompem a menstuação.

 

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O ginecologista e escritor Malcolm Montgomery tem vasta experiência em temas que envolvem a mulher. Na segunda-feira, esteve em Belo Horizonte, onde participou do projeto Sempre Um Papo, no Palácio das Artes, e esclareceu dúvidas sobre saúde, bem-estar, sexualidade e qualidade de vida. Integrante do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e autor de vários livros sobre o assunto, entre os quais Mulher, Toques ginecológicos,À flor da pele e A mulher e seus hormônios, ele fala ao BemViver sobre a polêmica que gira em torno do fim da menstruação, sobre a menopausa e o universo feminino.

Como você define amulher contemporânea? Qual é o futuro dessa mulher? Ela está perdida pelos papéis múltiplos que assumiu?

A mulher moderna éumamalabarista: é mãe, mulher, profissional e esposa. Quer equilibrar os quatro pratos e, para nãodeixar cair nenhum, a tarefa não é fácil. É umamulher que, depois que cuidou do pai, do irmão, do marido e dos filhos, chegou a um momento emque acordou e se perguntou: “E eu?” Geralmente, isso ocorre entre 35 e 45 anos, depois de uma situação de separação, de mudanças de trabalho e, às vezes, ocorre numa relação normal. Na verdade, acho que a mulher não sabe exatamente o que quer. Depois de décadas de repressão – anos 1970, 1980 –, a mulher entrou numa fase de liberação total, tentando, no início, imitar um pouco o homem. Na sociologia, os especialistas chamam de efeito pêndulo, ou seja, ela ficou presa durante muito tempo e, de repente, vai para o outro extremo. Para que haja um equilíbrio, e isso está cada vez mais próximo, a mulher deve se livrar de cinco opressores, quea acompanham durante a vida: o poder econômico – a mulher se submete ao marido financeiramente, ao sexo anal, quando ela não quer, à autoridade; o poder religioso – em todas as religiões modernas, Deus é macho e superior; o poder da natureza – o próprio ciclo hormonal teoricamente obriga amulher a engravidar todo mês, transformando-a numa reprodutora; o poder dos códigos patriarcais– ela vive sob a luz do terrorismo moral até os 35, 40 anos, e, depois, sob a luz do terrorismoestético, saindo de um e caindo noutro; e, por último, o poder da mídia –que vende receitas de felicidade. Resumindo: a mulher ainda veste umcinto de castidade, só que a única diferença de antes é que quem tem a chave é ela; o que antes era delegado ao marido.

E com relação à polêmica entre parto natural e cesárea?

Opartonormal, geralmente,é muito freqüente nos casos em que a mulher chega à maternidade e o bebê
acaba nascendo rápido. Há casos em que amulher pode ter parto vaginal até que não se complique. Mas é imprescindível que o médico ouça sua paciente, a ajude a atingir um sonho, porque, caso ela tenha pavor de parto normal,é melhor atendê-la. Cada pessoa tem uma cabeça e uma crença com relação a isso e cabe ao médico fazer o que é tecnicamente ideal para amulher e para o bebê. Nenhuma mulher deixa de ser mais mãe por optar pela cesariana.Minha visão pessoal é de que se fosse minha filha faria cesariana, porque nunca operei de uretra ou bexiga caída nenhuma mulher que tivesse feito cesárea.Mas isso é uma opinião completamente pessoal e individualizada.

Quais são as principais doenças ginecológicas que afetam a mulher?

Entre as doenças mais comuns estão a endometriose e a tensão pré-menstural (TPM), além do câncer. Mas a mulher também sofre de depressão, por viver esses quatro papéis ao mesmo tempo, por achar que tem de ser perfeita e sempre estar feliz, pelos olhos dos outros. Isso vem de mensagens da infância, da criação, do convívio com os pais.O que ocorre é que a mulher não escreve seu próprio roteiro. Por isso, vem a depressão.

Houve um tempo em que a terapia de reposição hormonal (TRH) foi questionada e isso mudou recentemente. Toda mulher que entra na menopausa (climatério) obrigatoriamente tem que fazer a TRH? Em quais circunstâncias é contra-indicada?

A mídia educaed e seduca. Em 30 anos que atuo na ginecologia, tudo o que médicos e pesquisadores fizeram pensando na mulher, desde a pílula até a terapia de reposição hormonal, foi para amenizar problemas. Houve uma época em que uma revista nacional publicou na capa que os hormônios eram um veneno, com a mensagem de mulheres que faziam terapia de reposição hormonal e foramtraídas
pela medicina. Posteriormente, o mesmo pesquisador se redimiu, mas a matéria saiu discretamente no interior da revista. Escrevi uma carta de repúdio e eles nunca publicaram. Hoje, o consenso entre os médicos é claro: a terapia de reposição hormonal deve ser individualizada e supervisionada, e é comprovadamente benéfica.

Qual é a relação entre menopausa e sexualidade? É mito ou verdade que a mulher perde parcialmente a libido?

É aos 50 anos que geralmente a mulher faz uma reflexão entre o primeiro tempo da maturidade – dos 25 aos 55 anos – e o segundo tempo– dos 55 aos 80. É como se aos 50 ela entrasse no vestiário e, depois de ouvir o técnico do time, só faria gol a seu favor, em prol de uma velhice digna.Éuma fase em que a mulher tem mais experiência e compreensão da vida, sabendo contra balançar perdas e ganhos. Ser antigamente, era difícil fazer um implante de dente, de cabelo ou fazer um tratamento de tireóide, hoje há pílulas que servem para a ereção do homem. Para mim, não é aos 50 anos o pior momento damulher e, sim, aos
25, 30 anos, comfilhos pequenos, cuja relação conjugal fica à deriva. Aos 50, a mulher e o homem têm tudo para ter uma vida mais esplendorosa.

O homem brasileiro está mais preparado para a TPM das mulheres?

O homem atual vive uma insegurança muito grande. Perdeu a forçafísica e a força econômica sobre a mulher e, com o fim desses pilares, está inseguro.Hoje, a mulher que tem autonomia e se vê oprimida se separa e parte para outra.

Algumas novas drogas estão propondo a redução drástica dos sintomas da TPM. Elas são de fato eficazes?

Essas novas drogas sãomuito positivas, assim como outros recursos, a exemplo dos anéis vaginais e dos implantes importados, que, apesar do preço elevado, evitamacontracepção e ajudam a reduzir esses sintomas.

Como os especialistas lidamcom problemas decorrentes do estresse da vida moderna, a exemplo de mulheres que estão entrando namenopausa aos 35 anos ou ainda adolescentes com câncer de mama?

É preciso deixar claro que o câncer é multifatorial, sofre influência do meio ambiente, dos hábitos de vida, da alimentação, da atividade física,se a pessoa não bebe, não fuma,dorme bem ou mal. Se a pessoa é feliz, corre atrás dos seus sonhos e tem qualidade de vida, com certeza terá menos chances de ter câncer.

Alguns médicos, como Elsimar Coutinho, da Bahia, defendem efusivamente o fim damenstruação. Qual é sua visão sobre isso?

Não é que sou a favor ou contra Elsimar Coutinho. Algumas coisas são meio exageradas, mas sangrar não é bom para ninguém. Muitas pessoas têm a idéia de que sangrar é natural, é o biologicamente correto, de que menstruação é que é o certo. Mas o certo mesmo é a gravidez. Se fôssemos seguir a linha da natureza, a mulher engravidaria naturalmente mês a mês, isso seria biologicamente correto. Digo a mesma coisa que disse anteriormente: essa posição deve ser individualizada. Mulheres com graves problemas na freqüência ou no volume da menstruação devem interrompê-la sim. Não vejo nada de mal, mesmo porque já tenho cerca de mil pacientes do Rio, de São Paulo e de Curitiba, que passaram pelo meu consultório, e o Elsimar deve ter umas 10 mil que interromperam a menstruação sem qualquer conseqüência, aliás, com redução de TPM, sem sinal de endometriose ou miomas.

Quais são as principais pesquisas e avanços na área de ginecologia?

Atualmente, os estudos na área de reprodução humana têm se desenvolvidomuito, com índice de gravidez altíssimo. O Brasil não perde em nada para outros países.

Alguns médicos relacionama incidência de câncer, especialmente o de mama, a alguma mágoa, angústia que a mulher traz consigo. Isso tem algum fundamento?

Qualquer tipo de doença tende a evoluir quando a pessoa está deprimida ou angustiada, seja uma infecção ou um câncer, que pode se proliferar mais rápido.O estado depressivo pode gerar uma depressão imunológica, mas nãopodemos dizerq ue é a causa de um câncer, por exemplo, porque,como se sabe, ele é multifatorial.

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Malcom Montgomery com o casal Tereza e Elsim Coutinha e a filha deles, Patrícia Rudge, durante lançamento do livro.
 
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Mylla Christie e Malcom Montgomery em Paz

- "É maravilhoso viver em contato com a natureza, no coração de SP"
- Eles enfeitam o ambiente para o primeiro Ntal em família depois da reforma da casa.
- "Não há competição entre nós, torcemos uns pelos outros"
- "Eu queria uma filha; Mylla, um pai. Sabemos disso e não caímos em neurose"

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O ginecologista e obstetra Malcom Montgomery provoca inveja em qualquer homem. Além de trabalhar o dia inteiro com mulheres à sua volta, conseguiu o quase impossível: entendê-las. A experiência de 32 anos na área é tão rica que extrapolou o campo da medicina e, hoje, podemos dizer que é um especialista em mulher de uma maneira geral: na área social, sexual, comportamental e hormonal, claro. Essas informações preciosas coletadas e codificadas ao longo de anos, ele compartilha nos livros que escreve, palestras que ministra pelo país e de sua peça Árvores Genealógicas, que deve estrear no segundo semestre deste ano.
POR LARA MARTINS

ELE ENTENDE AS MULHERES (Malcom Montgomery)

O que te atraia tanto no universo feminino?
A presença da minha avó foi marcante na minha vida. O subjetivo, sensorial e criativo da mulher me atraíram. Criei um certo voyerismo para conhecer mais esse mundo. Quando acabei a residência, fiz formação em psicanálise pela curiosidade de conhecer segredos femininos. Acho que consegui entender, mas às vezes acredito mais no Vinícius de Moraes, que dizia que a mulher não tem de ser compreendida, mas amada.

Foi essa admiração que te levou à ginecologia?
Também tem a ver. Mas a durante os estágios, percebi que essa era a área que mais valoriza a vida e a saúde. Quando me formei, na década de 70, a medicina era mais voltada para a doença e eu achava que a ginecologia e obstetrícia, por envolverem o nascimento, tinha um lado luminoso.

Sentia que seria seu caminho?
Quando era menino, na casa da minha mãe vinha sempre um médico com a malinha e uma vez tive uma visão meio romântica dele, tinha até um beija-flor à sua volta. Me escondi embaixo da escada para ver como ele fazia. A impressão que tive foi que ele saiu maior do que entrou, tinha muita admiração por ele.

As mulheres são conscientes com a saúde?
A consciência em relação à saúde é um fator que depende da maturidade. Ela pode saber que é importante usar camisinha ou pílula do dia seguinte, mas se enfrentar com infantilidade, pode achar que nada acontece com ela. A medicina preventiva é para pessoas maduras.

A mulher está à vontade com a sexualidade?
Da década de 50 pra cá, ela pôde ampliar sua autonomia na sociedade, e assim, seus sentimentos. Ela está mais preparada e à vontade, sim, mas não só pela informação que vem da mídia, mas principalmente pela sua formação.

Qual é o perfil da mulher atual?
Ela é uma malabarista. Ela quer ser a melhor mãe do mundo, a melhor profissional do mundo, a melhor amante do mundo e a mais amante do mundo. E equilibrar esses quatro papéis é um malabarismo.

Qual é a real influência dos hormônios no humor?
O ciclo é uma montanha russa de hormônios. O estrógeno (hormônio feminino) é o artesão, que molda todo o corpo, a personalidade e a sensualidade. A testosterona (hormônio masculino) é um cupido com cara de diabinho, que representa a agressividade sexual e a energia na vida. A progesterona (hormônio da gravidez) é uma galinha choca com cara de brava e com pintinhos debaixo da asa. Metaforicamente, na primeira fase do ciclo, o estrógeno monta o quarto do bebê, torna o corpo mais receptivo e a mulher, mais comunicativa. Ao mesmo tempo, a testosterona aumenta a libido. No meio ciclo, acontece o auge desses hormônios. Que caem, a progesterona aumenta a temperatura do local e a circulação endométrica e coloca cinco “mamadeiras” dentro do útero: açúcar, água, sais minerais, proteína e gordura. Ela segura um pouco de líquido, o combustível, e tenta proteger o quarto do bebê: a secreção vaginal fica mais escassa e, o que antes da ovulação era pura extroversão e simpatia, se torna introversão, sonolência e aumenta a fome de doce para ter mais caloria. Quando a gravidez não vem, o que foi armado se desmancha e começa tudo de novo depois de cinco dias.

Então, como lidar com esses altos e baixos?
Antes de tudo, saber que é uma realidade, e então procurar ajuda, que pode ser uma dieta mais adequada, atividade física... Tudo isso influencia em quem tem TPM leve. Quando a TPM é moderada, a pílula anticoncepcional ajuda bastante. Nas mais graves, pela minha experiência, só implante ajuda.

Qual é o melhor método anticoncepcional?
Na minha opinião, aquele que se adapta àquela mulher especificamente. Para uma mulher saudável, com atividade mental legal, que faz ginástica de vez em quando, se cuida, tem uma relação afetiva feliz e uma vida sexual gratificante, os métodos que tiram a ovulação (pílula, injeção de hormônio, anel vaginal e implante) são os melhores. Esses métodos não têm só a função de prevenir a gravidez, mas também regulam o ciclo, aliviam a cólica, melhoram a pele, reduzem o volume de sangramento, protegem contra endometriose, protegem do câncer ginecológico....

Você defende a interrupção da menstruação...
De modo geral, defendo a saúde da mulher. Quando a paciente tem um ciclo que limita, eu indico. O índice de sucesso com implantes é bem alto: 94%. Existem cinco hormônios diferentes, então tenho 28 combinações de implantes para atender à necessidade de cada mulher. Com ele, o emocional fica estável, a libido aumenta e tem também o efeito colateral estético: diminui celulite, define musculatura e as pacientes se sentem bem.

E existem contra-indicações?
Claro! Como em tudo na medicina. Elas são as mesmas da pílula: insuficiência hepática, em quem acabou de ter um câncer, embolia grave.

Mas tem quem diz que parar de menstruar por muitos anos causa infertilidade...
O anticonceptional foi desenvolvido na década de 50, quando perceberam que a mulher grávida e durante a amamentação não ovulava. O mecanismo da pílula tradicional foi baseado nessa observação. Então, começaram a dar pílulas de hormônios que imitavam a gravidez para manter o organismo como se a mulher estivesse grávida, porque aí não ovularia. É, na verdade, uma imitação da gravidez, em termos hormonais. Então, quando a mulher usa por dois anos, é como se fosse uma gravidez e uma amamentação. Ou seja, dizer que pode levar à infertilidade é o mesmo que dizer que a mulher que teve cinco filhos pode ficar infértil.
 
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O ser humano é um animal simbólico que vive de ilusões"
 
"Existe uma relação entre amor e ódio. Quando você mantém uma relação de dependência, isso gera uma energia que podemos chamar de afeto e é esse afeto que denominamos amor e ódio. Na verdade, a diferença entre amor e ódio é uma questão de leitura. É simples. Se você está de bem com a vida, está amando e sendo amado, se está com projetos novos, com um trabalho legal, gratificado na sociedade e, saindo à rua, você tropeça em uma poça d´água e cai de cara na lama, você levanta rindo, se achando 'um pateta feliz' vamos dizer assim, mas vai tirar de letra. Agora, se você estiver de mal com a vida, frustrado, afetivamente desestruturado, sem perspectivas melhores, emprego insatisfatório e, cair na mesma poça d´água, você vai achar que a culpa é de alguém, que aquela poça está lá de propósito para você quebrar a perna, enfim, você vai acessar todos os seus problemas. Com o afeto é a mesma coisa. E como a gente nasce muito dependente, é por essa dependência que acabamos sem muitas condições de diferenciar entre o amor e o ódio.
 
Nossa relação política com a natureza. Achamos a natureza linda. Mas a natureza agride. Ela não tem consideração com o indivíduo, ela se preocupa com a espécie. Em relação ao parto 'in natura", por exemplo, temos uma visão muito romântica do mesmo. Mas o parto natural é uma violência. Se você tomar como referência uma mulher do campo, que teve cinco filhos, ela tem útero caído, hemorróida, bexiga caída, enfim, está muito prejudicada, e a natureza não está preocupada com isso, o que conta à natureza é que ela procrie. Então, veja bem, a natureza não é a película que se vê por cima, e sim a que está em baixo, porque a natureza agride mesmo. A vida ao natural é muito perigosa. Guimarães Rosa já dizia isso em 'Sertão Veredas' que 'Viver é muito perigoso'."
 
"A criança pequena, ela tanto é um anjinho maravilhoso como um monstrinho sádico, sem coração. Ela age diretamente pela natureza, e a natureza é agressiva, ela não visa o ser".
Malcolm Montgomery
 

Leia na Revista Vogue 297

O PRINCÍPIO DO PRAZER. A Testosterona na Vida das Mulheres

A Matéria traz a opinião de alguns especialistas na área, entre eles o Médico Malcolm Montgomery.

Coutinho deu a seguinte entrevista ao jornalista Fabiano Ferreira:

Existe alguma contra-indicação à opção de não menstruar?
Coutinho - Se a mulher está tentando engravidar, precisa ovular. Então, a contra-indicação é só para mulheres que estão tentando engravidar. Se houvesse contra-indicação para não menstruar haveria mulheres que não poderiam entrar na menopausa. Só não deve parar de menstruar a mulher que tem uma doença hereditária chamada hemocromatose, que provoca excesso de ferro no sangue. Se ela suprime as regras tem de proceder como os homens com essa doença, que precisam fazer sangria regularmente. Idade ou estado de saúde, em geral, não são contra-indicações para a mulher que deseja parar de menstruar. Desde a mulher mais jovem à madura podem interromper a menstruação.

O senhor acha que o implante é o melhor método para não menstruar?
Coutinho - Acho que ele é o mais prático e o que tem menos efeitos colaterais. Os implantes, em geral, oferecem à mulher exatamente o que ela precisa, de acordo com suas condições de saúde e hábitos sexuais, impedindo a gravidez com efeitos mínimos. Um implante que se chama Elmetrin, aprovado pelo Ministério da Saúde, pode ser usado até na lactação, pois funciona como anticoncepcional. Ele é eliminado pelo leite, mas não faz mal à criança. O efeito colateral é não menstruar, um efeito esperado pela mulher que o adota.

Está sendo lançado nos Estados Unidos um anticoncepcional trimestral. Qual a diferença dele em relação aos demais?
Coutinho - Já existe no mercado brasileiro um medicamento chamado Lovelle, que é de uso vaginal contínuo para não menstruar, durante vários meses ou o ano inteiro, por exemplo. Esse produto tem a mesma composição do que está sendo lançado nos Estados Unidos com o nome de Sazonale. Ele é usado a cada estação, por isso a mulher só menstrua quatro vezes por ano. O Sazonale ainda não está disponível no Brasil, mas qualquer outro anticoncepcional eficiente pode ter o mesmo efeito se usado sem interrupção.
As mulheres reclamam da menstruação por causa da

Tensão Pré-Menstrual. Quando não menstrua, a mulher fica isenta da TPM?
Coutinho - Sim, exceto nas histerectomizadas. Esta operação é indicada quando ocorrem hemorragias muito intensas. Nesse procedimento, ela pode continuar tendo a

TPM porque o problema está mais ligado aos ovários do que ao útero. Se a mulher retira o útero, mas deixa o ovário continua com a TPM mesmo sem menstruar. É uma espécie de TPM seca, sem sangramento.


Se adota um método para não menstruar, a mulher passa pela tensão?
Coutinho - Nos primeiros dias depois do implante ela não sangra, mas ainda tem TPM. Isso porque ela já ovulou e as transformações que se passam no organismo e geram a tensão ocorrem independente da menstruação. A TPM é algo que antecede a menstruação e não que ocorre durante a menstruação. Então, a supressão da menstruação representa o fim da TPM. Os inibidores da ovulação, os anticoncepcionais, acabam com a TPM. Eu prefiro usar implantes de progestínio ou injetáveis, que têm efeito de seis meses ou um ano. Eles suprimem a menstruação e a Tensão Pré-Menstrual.

As mulheres que suprimem a ovulação podem engravidar normalmente?

Coutinho - Sim. É só suspender o método e engravidar. Pode-se engravidar até com a primeira evolução após a suspensão do método. Nesse caso a mulher não menstrua porque ela emenda o período de não menstruação com a própria gravidez. Ela passa da amenorréia gerada pela medicação para a amenorréia da gestação.

Quais os reflexos no organismo da mulher quando ela pára de menstruar?
Coutinho - Quando a mulher pára de menstruar adotando um esteróide (composto usado em pílulas anticoncepcionais) ela não sente efeito nenhum. A não ser em casos de esteróides com propriedades particulares como a gestrinona, um dos esteróides que eu uso e que é anabolizante de proteína. Neste caso, as mulheres ficam com mais músculos do que gordura (indicado para mulher atleta). Mas quem usa um implante que não tem anabolizante continua com o mesmo corpo. Depende dos efeitos de cada um dos medicamentos utilizados para inibir a ovulação. Em geral, eles não trazem reflexos.

Quais os principais mitos que ainda existem em torno da menstruação?
Coutinho - O primeiro mito é de que a menstruação é natural. O segundo é de que ela é boa para a saúde, o que não é verdade. Pelo menos em metade das mulheres ela provoca doenças como anemia, endometriose neumatóide e aumenta o risco de câncer. Por último, existe o mito de que a menstruação não pode ser evitada, mas já estamos acabando com isso. Há também crendices de que durante a menstruação a mulher não pode lavar a cabeça ou tomar sorvete. Infelizmente ainda tem gente que acredita, o que é muita ingenuidade.

A sociedade e a mulher, em especial, consideram a menstruação natural. Será que é por isso que sua tese ainda causa tanta polêmica?
Coutinho - As pessoas associam algo natural a uma coisa boa. Na realidade, isso não é verdade. Há muita coisa natural que não é boa. A doença, causada por bactérias, por exemplo, é natural e no entanto não é boa. A violência também é natural, pois um bicho come o outro para sobreviver. O bom e o ruim se aplicam de formas diferentes ao conceito de natural.

O senhor acredita que a possibilidade de pôr um fim à menstruação é mais uma conquista da mulher rumo à emancipação total?
Coutinho - Absolutamente. A mulher tinha uma conquista importante que era a pílula anticoncepcional, que a permite, como o homem, transar sem engravidar. Isso deu enorme liberdade à mulher. Acho que o homem é quem não gostou muito dessas inovações. Menstruar só quando se quer é algo ainda novo para a mulher e me sinto orgulhoso por ter erguido essa bandeira.

Como o senhor reage às críticas da Igreja Católica sobre seus métodos contraceptivos?
Coutinho - A Igreja já cometeu erros graves e se opor ao uso da contracepção é só mais um deles. É um erro grave querer se envolver com uma questão que diz respeito somente à pessoa. Durante 400 anos, a Igreja Católica teve um poder enorme e, como as pessoas têm fé, aceitam tudo o que prega. É absurdo se opor ao uso da camisinha, porque está se opondo à saúde pública. Isso é anacrônico. O pior é alguém ainda prestar atenção nisso. A maioria dos católicos continua usando anticoncepcionais injetáveis e camisinha. Eles fazem isso porque se tiverem filhos a Igreja vai tomar conta deles? Não vai né?

Na sua opinião, o governo é omisso em relação ao planejamento familiar?
Coutinho - Sim. O governo brasileiro sempre foi omisso e é muito influenciado pela Igreja. Dentro do Ministério da Saúde tem muita gente da Igreja que ainda opina com mais poder de fogo do que qualquer médico. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é sempre ouvida nesses assuntos. A única coisa que o governo faz de bom é não se meter nas iniciativas privadas para promover o uso da contracepção no planejamento familiar. Mas há governos municipais que colaboram muito. Na Bahia, por exemplo, há um programa que conta com um veículo que vai à periferia para prestar assistência. Graças à iniciativa privada é que estamos conseguindo que haja uma desacelaração no crescimento populacional no Brasil. Infelizmente, hoje só quem tem poder aquisitivo faz planejamento familiar.

Coutinho estuda 30 anos, estes e outros recursos para suspender a menstruação e evitar a gravidez, com em atendimentos nos estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.

A Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO – e a Sociedade Brasileira do Climatério – SOBRAC, entidades médicas que cuidam da saúde da mulher climatérica, em virtude:
 
1. Das manifestações e da enorme repercussão na mídia quanto ao resultados do trabalho publicado pelo Journal of American Medical Association (JAMA, July 17, 2002 – Vol. 228, n.3, 321-333) do estudo denominado “Women´s Health Initiative” (WHI), patrocinado pelo National Institute of Health (NIH) dos Estados Unidos da América do Norte, sobre a influências da terapêutica de reposição hormonal em mulheres pós-menopáusicas;
 
2. Da grande preocupação com a saúde das mulheres nesta etapa da vida, especialmente das que estão em uso de TRH.
 
Acham-se no dever de prestar os seguintes esclarecimentos às usuárias de TRH e à população brasileira: O estudo WHI reuniu, em várias cidades americanas, mais de 27.000 mulheres pós-menopáusicas com idade entre 50 e 79 anos, sendo a média etária de 63,2 anos. O objetivo primário foi avaliar os efeitos da TRH sobre o risco de infarto do miocárdio e de câncer de mama. Também se procurou verificar o risco de acidente vascular cerebral, de embolia pulmonar, de câncer colo-retal e de fratura de bacia. O tempo médio previsto de observação para este conjunto de mulheres era de 8,5 anos. As pacientes para fins de estudo planejado foram divididas em dois grupos:
 
Grupo 1 – Composto de pacientes que haviam retirado o útero (histerectomizadas), tratadas com Estrogênios Conjugados Eqüinos (ECE), nas doses de 0,625 mg/dia. Os seus resultados vêm sendo comparado com placebo (substância inativa). Os seus resultados vêm sendo comparado com placebo (substância inativa). Os seus resultados não estão disponíveis ainda para o conhecimento público – Este grupo continua sendo estudado com as pacientes se mantendo dentro dos limites de segurança pré-estabelecidos pelo comitê de monitorização e segurança do estudo.
 
Grupo 2 – Composto de pacientes com útero intacto, tratadas com a associação de estrogênios e progesterona, por via oral, no seguinte esquema: Estrogênios Conjugados Eqüinos e Acetato de Medroxiprogesterona (AMP) nas respectivas doses de 0,625 e 2,5mg/dia. Igualmente tiveram os seus resultados comparados com placebo. Este grupo teve o seu acompanhamento interrompido após 5,2 anos de seguimento médio das pacientes pois a incidência de câncer invasivo de mama ultrapassou os limites de segurança pré-estabelecidos para as pacientes do estudo.
 
Os resultados encontrados no grupo 2 (associação de estrogênios e progesterona), que sofreu interrupção na sua continuidade, foram: aumento do risco de câncer de mama (8 casos em 10.000 mulheres a cada ano), infarto do miocárdio (7 casos em 10.000 mulheres a cada ano) acidente vascular cerebral – derrame cerebral – (8 casos em 10.000 mulheres a cada ano) e tromboembolismo venoso (8 casos em 10.000 mulheres a cada ano). De outra parte, houve diminuição do risco de fraturas (5 casos em 10.000 mulheres a cada ano) do quadril e de câncer colo-retal (6 casos em 10.000 mulheres a cada ano).
Considerações sobre o estudo
 
1. Deve ser levado em consideração que apenas um regime terapêutico foi utilizado, uma única dose dos hormônios foi empregada (doses convencionais) e uma única via de administração dos medicamentos foi testada. Não se analisou as vias não orais (adesivos transdérmicos, gel, implantes e via nasal). Não se avaliou os vários tipos de regimes terapêuticos disponíveis em nosso país. Analisou-se apenas o regime terapêutico que é mais empregado no país em que o estudo foi realizado. Não se levou em consideração os aspectos clínicos singulares de cada paciente que permitiriam a individualização por parte do médico do regime mais apropriado para cada caso, possibilitando, desta forma, otimizar os benefícios e reduzir os riscos.
 
2. O aumento do risco relativo de câncer de mama já era referido em estudos anteriores. Parece, conforme o próprio WHI mostra, depender do tempo de uso dos hormônios e do emprego concomitante e contínuo de progesterona junto com o estrogênio. O risco neste estudo só foi observado depois de um tempo médio de seguimento de 5,2 anos, o que já havia sido notado em outos estudos.
 
3. O grupo de mulheres no estudo WHI que estão usando apenas estrogênios não foi interrompido, pois os limites de segurança estão preservados. Os seus resultados serão divulgados em tempo oportuno.
 
4. Os resultados deste estudo, inquestionáveis, devem, no entanto, ficar restritos ao regime de tratamento empregado às pacientes dessa faixa etária. Não se podem extrapolar os seus resultados para todos os outros tipos de regimes terapêuticos. De igual modo, não podem ser estendidos para as mulheres que iniciam a TRH mais cedo em período mais próximo da menopausa.
 
5. Atualmente, existe uma tendência mundial para a administração de baixas doses de hormônios nas mulheres com maior tempo de pós-menopausa e/ou idade mais avançada, o que não foi avaliado no estudo WHI.
Parece-nos importante esclarecer que a decisão clínica de iniciar ou dar continuidade à TRH (conjunta de médico e paciente) deve levar sempre em consideração a peculiaridade de cada caso, em particular procurando-se individualizar o regime terapêutico a ser adotado, as doses e vias a serem empregadas, o tempo de utilização dos hormônios, os benefícios e os riscos desta modalidade de tratamento. Com base nos resultados publicados não parece apropriado indicar a TRH em esquema combinado e contínuo com estrogênios e progesterona, especialmente com os mesmos hormônios e as mesmas doses usadas no estudo WHI, visando a prevenção primária de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Por fim, gostaríamos de enfatizar que não existe razão para pânico. As pacientes usuárias de TRH que estejam preocupadas com o seu tratamento, devem compartilhar com os seus médicos de confiança a decisão da continuidade do seu atual regime de TRH, da eventual conveniência de mudanças ou mesmo da sua interrupção.

"Nem tudo que é natural é bom. As doenças e a morte, por exemplo, são ocorrências naturais e nem por isso as consideramos boas”.

Pela frase acima dá para imaginar o quão polêmico é o médico baiano Elsimar Coutinho. Suas críticas à recusa da Igreja Católica aos métodos contraceptivos ou à falta de programas governamentais de planejamento familiar ficam longe da repercussão de sua principal bandeira na medicina: o fim da menstruação. Coutinho é autor do livro “Menstruação - A Sangria Inútil” (Editora Gente), obra que já está na 6ª edição e se propõe a ensinar as mulheres a não menstruar para fugir das dores e complicações causadas pelo sangramento. O cientista que além de ginecologista é endocrinologista, estuda métodos de supressão da menstruação desde a década de 60, mas suas teses só ganharam repercussão a partir de 1996, quando seu livro foi lançado nos Estados Unidos e na Europa.

Contrariando os médicos que consideram a menstruação algo natural, necessário para “limpar” o organismo feminino, Coutinho condena o sangramento apontando-o como principal responsável por doenças como a endometriose, câncer de mama, anemia e diversos problemas causados pela Tensão Pré-Menstrual, a temida TPM. Entre os métodos propostos pelo cientista para evitar a menstruação está a utilização do AMP, um anticoncepcional injetável que teria o mesmo efeito da contracepção cirúrgica. Trata-se de uma injeção intramuscular aplicada no braço para que a mulher fique sem menstruar por pelo menos seis meses. “O líquido injetado é um progestínio, que funciona como se a mulher ficasse grávida sem ter o filho”, explica Coutinho nessa entrevista.

Considerado um dos maiores expoentes na endocrinologia da reprodução humana, o ginecologista não pestaneja ao afirmar que a menstruação é um castigo para a mulher. “É como se ela fosse obrigada a sofrer um aborto todos os meses”, diz. Segundo Coutinho, quando a mulher ovula já está grávida do ponto de vista da endocrinologia. A presença do espermatozóide só vai contribuir com o material genético. “Quando a fertilização não acontece, a mulher tem de abortar o ovo não fecundado e o faz através do sangramento”, afirma. De acordo com o médico, mais de 50% das mulheres sofrem com a menstruação e mesmo assim a consideram característica indissociável da feminilidade, fertilidade e juventude. Coutinho diz que seus métodos não pretendem mostrar que a natureza está errada, mas sim colocar à disposição das mulheres mais um dos benefícios proporcionados pela ciência.

O médico garante que a mulher que opta por suprimir a menstruação pode engravidar normalmente. “Basta parar de tomar a medicação para ovular e engravidar sem nenhum problema”. A possibilidade de não menstruar representa para as mulheres mais um passo rumo à emancipação total. Se num primeiro momento a pílula anticoncepcional foi símbolo de liberdade para decidir entre engravidar ou não, o método para não menstruar coloca a mulher em condição de controle absoluto sobre o corpo e, sobretudo, em relação à saúde.

A única contra-indicação para a supressão da menstruação, segundo Coutinho, é a existência de uma doença hereditária chamada hemocromatose (excesso de ferro no sangue). Neste caso, se a mulher parar de menstruar terá de fazer sangrias regulares.

Pílula do homem:
Como diretor do Ceparh (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), Elsimar Coutinho também é criador de uma pílula anticoncepcional masculina que ainda não está disponível no mercado, mas já foi submetida à aprovação pelo Ministério da Saúde. A pílula inibe a espermatogênese, não permitindo que o espermatozóide seja produzido pelo organismo masculino.

“Os espermatozóides são gerados a partir de células da parede do testículo, chamadas de espermatogonias. O anticoncepcional interfere nesse processo celular e inibe a produção de espermatozóides”, explica.

O mais moderno método de contracepção e supressão da menstruação disponível no Brasil é o Elmetrin, desenvolvido pela equipe médica do ginecologista Elsimar Coutinho, diretor do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), em Salvador. O produto foi registrado por um grande laborstório farmacêutico.

Durante seis meses, o implante, que pode ser colocado no braço ou nas nádegas, inibe a ovulação e, por conseqüência, evita a menstruação e a gravidez. O medicamento ainda não é vendido em farmácias, mas já está sendo utilizado em clínicas brasileiras conveniadas ao Ceparh. Já o Uniplant, desenvolvido na Universidade Federal da Bahia, também proporciona a contracepção, por até um ano, mas as mulheres que o adotam sangram regularmente e só se livram da TPM. Coutinho estuda e aplica estes e outros recursos para suspender a menstruação e evitar a gravidez há 30 anos, mas só recentemente está colhendo os frutos de suas descobertas. Atualmente, o médico se divide em atendimentos nos estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.

 
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Em uma entrevista de 12 páginas na Playboy, o médico fala sobre o privilégio de tratar as mulheres mais belas do Brasil, conta o que elas só dizem no consultório e afirma que não há mal em aparecer na Caras.

"É mais fácil sentir tesão quando estou conversando com a paciente. Acho o exame ginecológico pouco erótico."
"Mulher que admira não trai. O homem trai para ficar no casamento, enquanto a mulher trai para sair dele."
"Sabe qual a diferença entre a mulher com TPM e um sequestrador? Com o sequestador tem negociação."
"No sistema patriarcal a mulher é crucificada e o homem carrega o pênis nas costas. Aliás, carregava até aparecer o Viagra."
"Quando a Hebe camargo começou a falar de mim, eu não cobrei mais dela porque ela estava me ajudando."
"Eu sempre defendi a saúde, o prazer e a vida. O Drauzio [Varella] fala só de doença e de morte."
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Insegurança e dúvidas mais frequentes de suas clientes, a maioria estrelas de TV, fizeram com que o renomado ginecologista Malcom Montgomery lançasse o livro Toques Ginecológicos.
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Lazer Com os Filhos Christian e Robert

Em suas raras folgas, como o domingo e Dia dos Pais, o ginecologista Malcom Montgomery curte Christian e Robert, filhos de sua união com a bela Renata Conte, do staff da Daslu. "Somos os melhores amigos uns dos outros" diz Malcom, que malha em casa, em São Paulo, com os dois estudantes de Publicidade. "Foram tantas férias e programas bacanas interrompidos por chamadas de pacientes que eles não quiseram saber de Medicina", conta Malcom, que usou ilustrações de Chris em Dez Amores, um de seus cinco livros. "Ele nunca nos pressionou e nos dá apoio integral!, afirma Chris, fã do pai, que cativa platéias pelo Brasil com a palestra Mulhres... Suas Dores e Seus Amores, quando também toca guitarra e canta.